Desenvolvimento Socioeconômico Territorial

Segundo Amartya Sen, a cultura não só se constitui como um bem simbólico de transmissão de ideias e valores, mas é provida de valor econômico ao poder contribuir para fluxos nacionais e internacionais de bens e serviços. Colabora nesse sentido Celso Furtado, que reconhece que o conhecimento e a criatividade viabilizam transformações sociais por seu potencial empregador, produtivo e inovador. A maior relevância das indústrias culturais atrela-se à promoção de inserção social e à geração de renda por atividades culturais.

 

Pesquisas Atreladas ao Eixo de Atuação:

 

 

Observatório da Marca Rio

Coordenação: Profa. Dra. Patricia Cerqueira Reis

Integrantes: Prof. Dr. Diego Santos Vieira de Jesus, Prof. Dr. Daniel Kamlot, Prof. Dra. Veranise Jacubowski Correia Dubeux e Prof. Dr. Diogo Tavares Robaina (membro do Laboratório de Economia Criativa, Desenvolvimento e Território (LEC) / ESPM-Rio)

Com base no referencial teórico desenvolvido por Patricia Reis, a pesquisa pretende contribuir para o desenvolvimento de indicadores de um composto para a criação e a gestão da marca da cidade do Rio de Janeiro. Serão consideradas, na construção dos indicadores, as evidências físicas e simbólicas das identidades da marca, a imagem construída a partir da comunicação da marca e sobre ela e a reputação da mesma.

Status: Em andamento.

Link: https://www.observario.espm.br

 

Educação e Economia Criativa: desafios e oportunidades

Coordenação: Prof. Dr. Diego Santos Vieira de Jesus

Integrantes: Prof. Dr. Daniel Kamlot, Prof. Dra. Veranise Jacubowski Correia Dubeux, Prof. Dr. João Luiz de Figueiredo Silva (coordenador do Laboratório de Economia Criativa, Desenvolvimento e Território (LEC) / ESPM-Rio) e Prof. Dr. Paulo de Oliveira Reis Filho (coordenador do Laboratório de Inovação, Informação e Interação (Lab3i) / ESPM-Rio)

Egressos do Programa de Mestrado Profissional em Gestão da Economia Criativa (MPGEC / ESPM-Rio): Gabriel Corrêa Lima, Luiza Silva Calado e William Martins Pereira dos Santos

A educação mostra-se fundamental para o desenvolvimento de competências criativas e inovadoras nas áreas técnicas e de gestão, voltadas para profissionais criativos e empreendedores. O processo educacional para a economia criativa deve ter como base uma perspectiva multidisciplinar, que, segundo a extinta Secretaria de Economia Criativa do Ministério da Cultura, deve incorporar abordagens diversas, como sensibilidade e técnica, atitudes e posturas empreendedoras, habilidades sociais e de comunicação, compreensão de dinâmicas socioculturais e de mercado, análise política e capacidade de articulação de conhecimentos diversos. Entretanto, existem ainda possibilidades limitadas de desenvolvimento de capacidades criativas e inovadoras em grande parte das instituições de ensino brasileiras. Isso ocorre pelo estímulo insuficiente à interdisciplinaridade e à transversalidade dos conhecimentos adquiridos pelos estudantes na maioria dessas instituições, pelo baixo fomento ao desenvolvimento de aptidões artísticas e críticas e pelo reduzido investimento em inovação, a qual permitiria aplicar produtos, serviços, processos, tecnologias, estruturas organizacionais e sistemas de gestão inéditos para beneficiar não somente empresas, mas a sociedade em geral. Nesse sentido, o objetivo desta pesquisa é examinar os desafios e as oportunidades para o desenvolvimento da educação para a economia criativa, com foco na incorporação de conteúdos vinculados a competências criativas aos programas educacionais atuais, na congregação de temas próprios dessas competências em projetos já existentes, no incentivo à interação entre escolas profissionalizantes e iniciativas de cunho social e no incremento de incubadoras e centros de pesquisa de economia criativa.

Status: Finalizada.

 

A economia criativa, as ameaças à saúde global e a construção do “novo normal”

Coordenação: Prof. Dr. Diego Santos Vieira de Jesus

Integrantes: Prof. Dr. Daniel Kamlot, Prof. Dra. Veranise Jacubowski Correia Dubeux e Prof. Dra. Adriane Figueirola Buarque de Holanda

Egressos do Programa de Mestrado Profissional em Gestão da Economia Criativa (MPGEC / ESPM-Rio): Luiza Silva Calado e Leonardo Jacques Gammal Zeitune

As principais ameaças à saúde global na contemporaneidade vêm principalmente de doenças infecciosas, epidemias e pandemias, como a gripe aviária, SARS, Ebola e, mais recentemente, a COVID-19. Essas ameaças levaram as pessoas, as empresas e os governos a adaptarem seus comportamentos e processos a uma série de parâmetros relacionados à agenda global do setor da saúde, o que envolve hábitos de higiene e medidas de distanciamento social. Particularmente no contexto da pandemia do novo coronavírus desde 2020, a definição de um “novo normal” aponta para a reconfiguração das formas de sociabilidade baseadas na proibição e na redução de aglomerações, o estabelecimento de novas relações com os espaços urbanos e as transformações no desenvolvimento das atividades econômicas. Dentre os setores econômicos mais impactados por tais ameaças à saúde global, cabe destacar aqueles que compõem a economia criativa. Diante de ameaças como a pandemia de COVID-19, profissionais criativos perderam renda, empregos e clientes ou tiveram projetos adiados ou cancelados. As contratações por empresas foram reduzidas em diversos setores, e alguns profissionais criativos buscaram se reinventar e desenvolver novas habilidades e competências a fim de sobreviver a um contexto tão adverso. Em face dessas transformações, o objetivo da pesquisa é examinar os aspectos político-econômicos e socioculturais da relação entre a disseminação de ameaças à saúde global, a construção do “novo normal” e o desenvolvimento da economia criativa. A pesquisa abarca temas como o desenvolvimento de políticas públicas para a economia criativa no “novo normal”, as perspectivas sociopolíticas e econômicas após as epidemias e pandemias, a convivência interpessoal e as novas relações com o espaço urbano, o desenvolvimento da inovação frente às crises na área da saúde, as relações de dependência quanto à tecnologia, a confiança dos cidadãos nas pesquisas científicas e nas informações disseminadas nas mídias tradicionais e não-tradicionais e as respostas da economia da cultura, da economia do entretenimento e das atividades criativas funcionais aos desafios que se colocam à saúde em âmbito global.

Status: Em andamento.

 

Novos empreendimentos criativos no Soho Botafogo

Coordenação: Prof. Dra. Veranise Jacubowski Correia Dubeux e Prof. Dra. Sílvia Borges Corrêa (Laboratório de Economia Criativa, Desenvolvimento e Território (LEC) / ESPM-Rio)

Discentes: Renier Molina (mestrando do MPGEC / ESPM-Rio) e Luiza Vidal (graduanda em Administração de Empresas / ESPM-Rio)

A proposta de parceria entre o Grupo de Pesquisa Consumo e Sociabilidades, o Laboratório de Cidades Criativas (LCC)  e o Laboratório Economia Criativa, Desenvolvimento e Território (LEC) tem como objetivo central, a partir de um mapeamento dos empreendimentos criativos, analisar o fenômeno de transformação da região, buscando entender o potencial de desses empreendimentos para o desenvolvimento territorial. O bairro de Botafogo tem passado, nos últimos anos, por diversas transformações no que tange a sua ocupação residencial, empresarial e comercial. Novos empreendimentos ligados aos setores criativos têm se destacado nesse cenário de transformação, particularmente aqueles ligados à gastronomia, à moda e ao audiovisual. Todos esses elementos despontam em várias ruas e trechos de Botafogo; no entanto, a região conhecida popularmente como “Soho Botafogo”, “BotaSoho” ou “Hipsterlândia”, que tem como epicentro a rua Fernandes Guimarães e entorno, tem se destacado e pode ser vista como um cluster criativo.

Status: Finalizada. 

 

Os Partidos Políticos na Internet

Coordenação: Prof. Dra. Adriane Figueirola Buarque de Holanda

Os objetivos são examinar as mídias digitais dos partidos políticos como partes das suas estratégias eleitorais e avaliar seu potencial democratizante na competição interpartidária. Pretende-se investigar o uso da inteligência artificial para o mapeamento de eleitores e o desenvolvimento de campanhas personalizadas.

Status: Finalizada.

 

Análise de projetos e políticas em cidades criativas: o caso do Rio de Janeiro

Coordenação: Prof. Dra. Karla Lisandra Gobo

O objetivo geral é reunir e analisar projetos e implementação de políticas culturais na cidade do Rio de Janeiro durante a gestão do prefeito Marcelo Crivella (PRB). Para isso será preciso verificar como o Executivo e Legislativo trabalham para atender seus grupos de interesse. Posteriormente, pretende-se analisar os possíveis impactos de um Executivo ligado a uma das principais igrejas neopentecostais sobre as atividades culturais na cidade. Finalmente, busca-se avaliar quais foram os resultados desta gestão para a cidade, já que essas ações mobilizam toda uma cadeia produtiva ligada às artes, cultura, comércio e turismo.

Status: Finalizada.

 

A migração global de publicitários cariocas

Coordenação: Prof. MSc. Roberto Sá Filho

O objetivo geral é examinar por que publicitários deixaram as agências do Rio de Janeiro para exercer a profissão em outras cidades, como São Paulo ou cidades criativas no exterior. Sustenta-se que a decisão desses profissionais de deixar agências de publicidade no Rio de Janeiro esteja relacionada à maior instabilidade financeira de tais publicitários diante da redução das receitas das agências locais e da diminuição dos gastos com publicidade por empresas contratantes, diante do agravamento da crise político-econômica no município desde o início da década passada.

Status: Finalizada.

 

Indicadores para a economia criativa do Estado do Rio de Janeiro – Cooperação com a Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa do Rio de Janeiro

Coordenação: Prof. Dr. João Luiz de Figueiredo (LEC / ESPM-Rio) e Prof. Dr. Diego Santos Vieira de Jesus

Discentes (MPGEC / ESPM-Rio): Ana Carolina S. Nobrega, Daniel de M. Carvalho, Gabrielle A. Bacha, João Batista M Pereira, Lorena F. C. Moulin, Maria Luísa Z. Guarisa, Pedro Flanzboym, Renata C. Memoria, Renier C. Molina

A cooperação entre o Laboratório de Economia Criativa, Desenvolvimento e Território (LEC / ESPM-Rio), o Laboratório de Cidades Criativas (LCC / ESPM-Rio), ambos vinculados ao Mestrado Profissional em Gestão da Economia Criativa (MPGEC/ESPM-Rio), e a Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa do Rio de Janeiro (SECEC-RJ)– no escopo do Acordo de Cooperação Técnica entre a ESPM-Rio e a SECEC-RJ, assinado em 2019 – busca o desenvolvimento de pesquisas e ações de educação e conhecimento no âmbito da Economia Criativa. A primeira etapa da pesquisa visa à proposição de um modelo de avaliação do impacto sociocultural e econômico de projetos criativos. A segunda etapa prevê a mensuração do Índice de Desenvolvimento Potencial da Economia Criativa (IDPEC) – desenvolvido pelo LEC em parceria com o LCC – aos municípios fluminenses, a avaliação dos resultados obtidos e a proposição de recomendações para o estímulo à Economia Criativa no Estado do Rio de Janeiro.

Situação: Finalizada.