Em busca do ‘final feliz’: a massagem terapêutica de homem para homem e as práticas homoeróticas no Rio de Janeiro

Caderno Espaço Feminino, v.30, n.2, p.333-356

Diego Santos Vieira de Jesus e Henrique de Oliveira Santos

2017

Link: http://www.seer.ufu.br/index.php/neguem/article/view/38274/pdf

Mobilidade Urbana: Motivações Intrínsecas à Utilização do Automóvel nos Centros Urbanos de São Paulo e Rio de Janeiro

Revista ADM.MADE, v.21, n.3, p.40-59

Veranise Jacubowski Correia Dubeux, Marcos Amatucci e Felipe Esteves

2017

Link: http://revistaadmmade.estacio.br/index.php/admmade/article/view/3048

Os desafios da mobilidade urbana

Por Veranise Dubeux*

 

Nos últimos anos, o debate sobre a mobilidade urbana vem se acirrando cada vez mais em diversos países, e isso não poderia ser diferente no Brasil. A maioria dos grandes centros urbanos em nosso país vem encontrando dificuldades em desenvolver meios para diminuir a quantidade de congestionamentos em áreas centrais .

Independentemente das suas tecnologias e das emissões de seus motores, os carros estão ocupando o espaço de transporte disponível nas ruas das cidades, e as vias congestionadas estão a impedir – em vez de promover – a mobilidade das pessoas. Muitas autoridades estão tributando ou restringindo a utilização do automóvel particular em algumas áreas urbanas, em especial nas cidades criativas.

Entre as formas alternativas de mobilidade urbana, a substituição do transporte privado pelo público está no centro deste debate. No entanto, mesmo em países economicamente desenvolvidos e com bons sistemas de transporte público, eficientes e confortáveis, parte importante dos usuários apontou preferência por carros privados.

No Brasil, os problemas de mobilidade urbana estão diretamente relacionados ao aumento do uso de transportes individuais em detrimento da utilização dos coletivos, embora esses últimos também encontrem dificuldades com a superlotação.

Nos últimos anos, o aumento do número de veículos automotores no Brasil foi dez vezes maior do que o da sua população. Enquanto a população cresceu em 12,2% numa década, o aumento do número de veículos motorizados foi de 138,6%, de acordo com o Observatório das Metrópoles.

Uma saída poderia ser a ampliação de debates sobre a regulamentação de ações públicas para mobilidade urbana, com ênfase na melhoria da qualidade e da eficiência dos deslocamentos por parte das populações e também na investigação do estilo de vida dos brasileiros em vários centros urbanos, para que fosse possível mapear quais são as motivações para a utilização de veículos particulares.

 

* Pesquisadora do Laboratório de Cidades Criativas

Economia criativa, inovação e resistência: os artistas induzidos ao Rock and Roll Hall of Fame em 2018

Por Diego Santos Vieira de Jesus*

 

Criado em 1986, o Rock and Roll Hall of Fame, localizado em Cleveland (Ohio, EUA), reconhece e registra a história de profissionais criativos ligados ao setor da música, como cantores e bandas que tiveram influência e importância para o desenvolvimento e a perpetuação do rock and roll e do pop, bem como produtores e empreendedores que influenciaram a indústria musical. Alguns artistas são induzidos ao Rock and Roll Hall of Fame na categoria “Primeiras Influências”, pois a música produzida por eles é anterior ao rock and roll, mas sua música teve impacto sobre o desenvolvimento do estilo.

 

Incluindo profissionais cujo primeiro álbum tenha sido lançado há pelo menos 25 anos em relação à data de sua indução, o conjunto de cantores e bandas no Rock and Roll Hall of Fame abarca de Buddy Holly e Elvis Presley a Michael Jackson e Madonna. Em 2018, vão se juntar a esse grupo Bon Jovi, Dire Straits, The Cars, The Moody Blues, Nina Simone e Sister Rosetta Tharpe, escolhidos por meio de uma votação formada por músicos, jornalistas e personalidades da indústria da música, além de uma seleção aberta ao público na internet. Cada um dos selecionados para 2018 teve um papel fundamental não só na definição da indústria da música, mas também de outras indústrias criativas interligadas.

 

Recebendo mais de um milhão de votos do público – que conta como um voto no julgamento geral –, o Bon Jovi veio se constituindo como uma das bandas mais influentes do rock and roll. O grupo de Nova Jersey aproximou o rock and roll do pop melódico e assim conquistou, desde a década de 1980, uma legião de fãs que comprou seus álbuns e lotou estádios em turnês da banda e festivais ao redor do mundo para assistir a seus shows, repletos de clássicos que vão de “Livin’ on a prayer” a “It’s my life”, além de românticas como “I’ll be there for you” e “Always”. O sucesso do Bon Jovi ao investir em uma sonoridade mais romântica fez com que muitos fãs da música pop – em especial mulheres – aproximassem-se do rock and roll – frequentemente visto como um estilo musical mais próximo do gosto masculino – e gerou uma série de bandas que tentaram reproduzir seu estilo, como Europe e Warrant.

 

Como o Bon Jovi, o Dire Straits investiu pesadamente no desenvolvimento de material audiovisual, tornando-se pioneiro na produção de videoclipes que eram veiculados pela MTV. O clipe de “Money for nothing”, por exemplo, ganhou destaque pela aplicação de efeitos de computação gráfica, inovadores para a década de 1980. A banda britânica, formada no fim da década de 1970, consolidou-se produzindo uma sonoridade mais leve, que contrastava com a predominância do punk rock naquela época.

 

Surgidos do new wave na mesma época, The Cars foram pioneiros na fusão do rock and roll – em especial o minimalismo punk, as texturas de guitarra do art rock e o revival do rockabilly – com o pop baseado em sintetizadores. Além das mudanças em termos da produção da música, a banda norte-americana trouxe inúmeras contribuições ao audiovisual, ao consolidar o videoclipe como um suporte para a divulgação de álbuns e canções e uma forma de arte. O clipe de “You might think” foi o vencedor do prêmio de “Melhor Vídeo do Ano” no primeiro MTV Video Music Awards, em 1984.

 

Conhecidos por “álbuns conceituais”, os britânicos do The Moody Blues eram uma banda de rhythm and blues, formada na década de 1960, mas posteriormente se tornaram renomados a partir de uma transição para a música psicodélica. O som orquestral do grupo de Birmingham fundia-se ao rock and roll, colocando-os como pioneiros no desenvolvimento do art rock e do rock progressivo. Músicas como “Go now”, “Question” e “Nights in white satin” tornaram a banda internacionalmente conhecida.

 

Nina Simone era pianista, cantora, compositora e ativista pelos direitos civis dos negros norte-americanos, mostrando como a indústria criativa da música abria espaço para a resistência e a denúncia da opressão contra grupos sociais. Depois de ser rejeitada em escolas prestigiadas para estudar música por conta da discriminação racial, Simone transitou por diferentes estilos, como o jazz, a música clássica, o blues, o folk, o rhythm and blues, o gospel e o pop. Hits mundiais como “My baby just cares for me” e “To love somebody” estão em seus mais de 40 álbuns, que compõem a obra de uma das artistas mais influentes do século XX.

 

Com grande popularidade entre as décadas de 1930 e 1940, Sister Rosetta Tharpe – que recebeu a indução ao Rock and Roll Hall of Fame como “Primeiras Influências” – foi cantora, compositora e guitarrista de música gospel. Ela combinava a virtuosidade de guitarrista – clara em seus solos de guitarra – com letras espirituosas. As letras gospel de suas músicas combinavam-se a elementos do blues e do country, que futuramente viriam a constituir o rock and roll. Mostrando mais uma vez como a indústria criativa da música funciona como espaço de transgressão, Tharpe questionou as fronteiras entre o sagrado e o secular, apresentando sua música em clubes noturnos e salões de baile acompanhada por big bands.

 

Mais do que serem grandes influências musicais para gerações de artistas do rock and roll e de outros ritmos, os artistas induzidos ao Rock and Roll Hall of Fame em 2018 provam como a indústria criativa da música não é apenas um espaço de geração de riqueza, mas também de inovação e de contestação social.

 

* Coordenador do Laboratório de Cidades Criativas da ESPM-Rio.

An Evaluation of Innovation and Intellectual Property Policies in Brazil

International Journal of Cultural and Creative Industries, v. 4, n. 2, p. 78-91

Daniel Kamlot e Diego Santos Vieira de Jesus

2017

Link: http://www.ijcci.net/index.php?option=module&lang=en&task=pageinfo&id=233&index=8

Coleção “Cidades Criativas”, da Editora Prismas

A Coleção Cidades Criativas tem como objetivo divulgar obras que tragam reflexões sobre aspectos políticos, socioeconômicos e culturais das cidades criativas, expressão comumente utilizada em referência a espaços urbanos nos quais a articulação entre atividades sociais e artísticas, indústrias criativas e ações governamentais foi capaz de gerar efervescência cultural que capta talentos, amplia a diversidade social e intensifica o potencial inovador de empresas e instituições.

A criatividade de uma cidade é vista em diversos campos que vão além dos setores criativos. A administração pública, por exemplo, pode estimular inovações sociais com criatividade em áreas como saúde, educação, segurança pública e mobilidade urbana. As cidades criativas reúnem cultura – relacionada à identidade urbana, ao patrimônio e aos padrões de consumo no território -, comunicação – os meios físicos e tecnológicos que promovem a interação entre as pessoas e mitigam os conflitos – e a cooperação, compreendida em sentido amplo como o reconhecimento pleno das riquezas trazidas pelas diferenças socioculturais.

A presente coleção promove a integração entre obras relacionadas às áreas de Administração, Comunicação Social, Design, Economia, Geografia, Antropologia, Sociologia, Planejamento Urbano e Regional, Políticas Públicas, Estudos Étnicos e Estudos de Gênero e Sexualidades. A finalidade é estimular o debate interdisciplinar acerca das dinâmicas políticas, econômicas e socioculturais que caracterizam as cidades criativas na contemporaneidade.

Link: http://editoraprismas.com.br/departamento/506903/Colecao-Cidades-Criativas

Diretor-científico:
Prof. Dr. Diego Santos Vieira de Jesus (ESPM-Rio)

Consultores científicos:
Prof. Dra. Adriane Figueirola Buarque de Holanda (ESPM-Rio/UVA)
Prof. Dra. Ana Christina Celano Teixeira (IBMEC / FGV-Rio)
Prof. Dra. Carla Danielle Monteiro Soares (FGV-Rio)
Prof. Dr. Daniel Kamlot (ESPM-Rio)
Prof. Dr. Fabro Steibel (ESPM-Rio)
Prof. Dr. Fernando Padovani (UERJ)
Prof. Dra. Isabella Moreira Pereira de Vasconcellos (ESPM-Rio)
Prof. Dr. João Renato de Souza Coelho Benazzi (UERJ / PUC-Rio)
Prof. Dra. Livia Barbosa (PUC-Rio)
Prof. Dr. Luís Pessôa (PUC-Rio)
Prof. Dra. Patricia Cerqueira Reis (ESPM-Rio)
Prof. Dr. Rafael Moreira Guimarães (IBMR)
Prof. Dra. Veranise Jacubowski Correia Dubeux (ESPM-Rio)

A era das experiências: a estratégia de inovação da comunicação mercadológica através do entretenimento – Estudo de viabilidade da abertura de uma agência de branded entertainment

Curso: Graduação em Administração de Empresas

Instituição: ESPM Rio

Orientandos: Ana C. C. Cavalher; Luiza de P. F. Marinho; Natalia S. Bruné

Avaliador do LCC: Daniel Kamlot

Ano: 2017

Fatores que levam ao endividamento dos jovens cariocas da classe C: Uma investigação com modelagem de equações estruturais

Curso: Mestrado em Administração e Desenvolvimento Empresarial

Instituição: Universidade Estácio de Sá

Orientando: Maria Emília de Lima Cardoso

Avaliador do LCC: Veranise Dubeux

Ano: 2017